domingo, 28 de agosto de 2011
Cine-Crítica: X-Men: Primeira Classe
Finalmente! Consegui assistir a X-Men:Primeira Classe!
Devo dizer que eu era um dos únicos que colocavam fé nessa obra. Quanto mais traillers e imagens saiam, mais o público em geral ficava com um pé atrás. E digo o porque de eu ter colocado fé desde o início: Um nomezinho envolvido na produção, e não foi o de Bryan Singer, e sim o de Matthew Vaughn.
Vaughn já fez muitos filmes excelentes, como a adaptação para o cinema da obra literária de Neil Gaiman, Stardust: O Mistério da Estrela e mais recentemente o ótimo Kick-Ass: Quebrando Tudo (por que insistem em colocar esses subtítulos no Brasil?). Esses dois filmes por si já davam ao diretor um certo crédito, então, depositei nele minha confiança de que seria um dos melhores filmes dos mutantes da Marvel.
Se realmente isso se concretizou? Com certeza, mas não tenho certeza ainda se é “o” melhor, faz muito tempo desde que olhei X-Men 2, que até o momento era o melhor na minha opinião(e na de quase todo mundo), mas já adianto que esse “Primeira Classe” é um forte candidato.
Desta vez, esqueça Wolverine, Tempestade, Ciclope, Vampira, Jean Grey e companhia. First Class se foca nos primeiros companheiros de Charles Xavier (companheiros e não alunos, já que aqui o Instituto Xavier nem tinha sido fundado ainda). Magneto ainda não era o antagonista da história, e sim um amigo de Xavier. Junto com Banshee, o Fera, Mística e Destrutor (eu prefiro chamá-lo de Havok) ele enfrentam Sebastian Shaw (muito bem interpretado por Kevin Bacon) e sua trupe. A história se foca no início dos X-Men, nos seus passados, nas relações entre Xavier, Mística e Erik, e nas diferenças ideológicas que os separaram. Não é necessário explicar muito a história, sendo que você provavelmente vai assistir a este filme (senão nem estaria lendo esse texto), mas pode-se dizer que a trama de First Class agrada bastante, com algumas reviravoltas bacanas, bons diálogos, ajudados também por ótimas atuações, principalmente de James McAvoy e Michael Fassbender, Xavier e Magneto, respectivamente.
Na parte técnica, temos uma boa trilha sonora, que não chama muito a atenção, mas cria bem o clima e não atrapalha em nenhum momento. Quanto aos efeitos especiais, devo dizer que eles tem seus altos e baixos. Me agradaram (ou melhor, não me incomodaram, e são melhores que os de Origens Wolverine, fique tranqüilo), mas algumas vezes nota-se claramente o CGI, fazendo o filme parecer até datado para os mais desavisados. E agora, começo um novo parágrafo para dizer algo que pode incomodar alguns, mas que já havia notado nos dois filmes anteriores do diretor, e sempre quis falar.
Sou só eu, ou os filmes de Matthew Vaughn geralmente tem efeitos irregulares? Kick-Ass tem algumas cenas muito esquisitas (pra não dizer toscas) no quesito efeitos especiais, assim como Stardust. Não só isso, parece que o diretor não exige muito desses aspectos. Não que isso seja algo exatamente ruim, já que alguns diretores focam-se tanto na perfeição técnica que se esquecem de coisas mais importantes, como a direção de atores por exemplo, que é um dos pontos fortes dos filmes de Vaughn. Ou seja, o diretor não se apóia em efeitos especiais para realizar um bom filme, e é bom ressaltar os excelentes planos do diretor, que constrói cenas de tirar o fôlego.
No geral, Primeira classe também não tem tanta ação quanto os outros filmes de super-heróis. Porém, a maioria das pessoas provavelmente não vai sentir tanta falta disso, já que a história mais enxuta prende bem a atenção. Os poderes dos mutantes são legais de serem observados (mesmo com os altos e baixos dos efeitos mencionados antes), e alguns chegam a ser um tanto bizarros, como as bombas que Angel solta pela boca. Falando em poderes, o que rende algumas das cenas mais legais do filme é o de Sebastian Shaw, que infelizmente, não os usa muito durante a projeção. De qualquer forma, prepare-se para assistir a algumas cenas de ação muito bem filmadas.
Eu gostei muito de First Class, embora tenha um gostinho de “quero mais” (que é bem parecido com o sentimento de “Parece que faltou alguma coisa”. Não li os quadrinhos, mas o pessoal na internet está dizendo que o filme não é lá muito fiel a obra original. No entanto, as ligações com os filmes anteriores, principalmente com os dois primeiros são ótimas (inclusive, a cena inicial saiu diretamente de X-Men: O Filme), já que os outros são meio desconsiderados pelos fãs, e nem foram feitos pelas mesmas pessoas. Vale destacar que há uma pequena aparição de Wolverine, inserida no contexto de forma genial e bem humorada. Os X-Men continuam sendo meus personagens favoritos da Marvel (da linha dos Super-Heróis), mesmo que Homen-Aranha tenha filmes melhores no geral, acho a história de X-Men mais profunda e complexa. E que venham mais filmes deles, desde que sejam sempre tão bons quanto este.
Nota: 8,5
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