sexta-feira, 17 de junho de 2011

Opinião: Codes and Keys - Death Cab for Cutie




Bom, é melhor eu começar dizendo que essa postagem é, como posso dizer... totalmente fanboy, escrita única e exclusivamente para satisfazer o meu próprio ego, demonstrando a minha adoração por uma (ou mais, mas principalmente uma) banda.

Codes and Keys é o sétimo álbum de estúdio da banda Death Cab for Cutie (sem contar “You Can Play These Songs With Chords”), e eu devo dizer que estava com um pé atrás, assim como fiquei há alguns meses com o álbum “Angles” do The Strokes, não que eu duvidasse da competência de qualquer uma das bandas, mas como os Strokes tinham uma discografia perfeita, e o Death Cab ficava melhor e melhor a cada álbum, nós sempre tememos uma queda.

No entanto, os meus temores se provaram infundados com ambas as bandas. “Angles” é agora o meu álbum preferido dos Strokes (o que muitos vão discordar), e este Codes and Keys, é forte candidato a melhor álbum do Death Cab (têm alguns tão bons que eu não tenho certeza de qual eu gosto mais).

O Death Cab for Cutie começou em 1997, e desde lá Ben Gibbard e sua turma demonstram uma criatividade enorme. É difícil acreditar que ainda possam criar letras tão surpreendentes. A banda costuma falar sobre questões fortes, como morte e existencialismo de uma forma única (leia as letras de “What Sarah Said”, “I Will Follow You into the Dark”, “Your Heart is an Empty Room” e vai entender do que eu estou falando). Porém, a criatividade da banda não se restringe as letras. As melodias são muito bem trabalhadas, possuem uma harmonia rara, além de serem muito originais (Ouça “Soul Meets Body”, “For What Reason” e “We Laugh Indoors” como exemplos). As músicas do Death Cab têm identidade, é difícil confundir com outra banda.

Mas falando do álbum em questão, Codes and Keys é um espetáculo pra os fãs da banda (que tem tantos fãs fervorosos quanto haters, mas quem sai perdendo é o segundo grupo). E nesse ponto é bom deixar claro que se trata de uma banda de músicas calmas. Claro, existem algumas aceleradas, mas no geral não é uma banda pra quem gosta só de rock agitado. Nesse ponto o novo álbum continua mantendo a tradição. Tem músicas com letras maravilhosas como “You Are a Tourist”, e outras com melodia que eu não consigo descrever, como “Codes and Keys” e a minha preferida até o momento “Doors Unlocked and Open”. Mas vale lembrar que todas as músicas desse álbum são boas. Também vale dizer que as músicas da banda nunca foram tão... pra cima. Apesar de as letras continuarem na maioria dos casos, lindas, não têm mais aquele clima pesado de algumas canções antigas. Dizem pela internet que a culpa disso é o casamento de Ben Gibbard. Bom, provavelmente.

Com esse novo álbum, o Death Cab for Cutie se torna de uma vez por todas a minha banda favorita, roubando o posto que antes a falecida Boy Kill Boy ocupava. Pena que é tão difícil de encontrar os Cds da banda pra vender. Na internet só encontramos alguns, e outros tem preços exorbitantes (por serem importados, na maioria dos casos).

Para aqueles que nunca escutaram, baixem alguns álbuns (“Plans”, “Transatlanticism”, ou “Narrow Stairs” são bons pra começar). Vale a pena. E um conselho, caso não tenha fluência com a língua inglesa, escute as músicas acompanhando as letras( mas cuidado com essas traduções horrorosas que tem por aí), assim tudo fica ainda melhor.

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